Tomar a decisão de trancar a faculdade para se dedicar aos estudos de concurso público é uma escolha que muitos estudantes já consideraram. Essa decisão, contudo, precisa ser feita com cautela, planejamento e clareza de propósito. Afinal, tanto a formação acadêmica quanto a aprovação em um concurso exigem dedicação e podem definir o seu futuro profissional.

Reflita antes de agir

Antes de qualquer atitude, é essencial avaliar o seu cenário atual. Você consegue conciliar o ritmo da faculdade com os estudos para o concurso? Seu curso exige leituras e trabalhos em grupo que comprometem o tempo de preparação? Quantas horas diárias você consegue realmente estudar com qualidade?

Colocar no papel os prós e contras ajuda a enxergar a realidade com mais clareza. Seja sincero consigo mesmo: a falta de tempo é o verdadeiro problema ou falta disciplina e organização? Muitos candidatos conciliam trabalho, estudos e família, ajustando a rotina sem precisar interromper a graduação.

Por isso, antes de trancar, busque ajustar sua estratégia. Reduzir a carga horária de matérias, estudar nos fins de semana ou aproveitar feriados pode ser o suficiente para manter o equilíbrio entre a faculdade e o foco no concurso.

Trancar não é desistir — mas também não é solução mágica

Trancar a faculdade pode ser uma estratégia temporária, especialmente se o edital do concurso já estiver previsto e o conteúdo exigir imersão total. Contudo, é importante lembrar: trancar sem um plano definido é o mesmo que adiar um sonho sem data de retorno.

Há quem use o tempo de pausa com foco total e conquiste grandes resultados. Mas há também quem perca o ritmo, se sinta isolado e tenha dificuldade de retomar os estudos ou a graduação depois. A falta de rotina universitária, o afastamento de colegas e o medo de “ficar para trás” podem afetar a motivação.

Além disso, trancar a faculdade pode gerar arrependimento se o concurso demorar mais que o esperado ou se o candidato não aproveitar o tempo de forma produtiva. É fundamental entender que o descanso e o foco são aliados, mas a desistência disfarçada de estratégia pode ser um grande obstáculo.

Quando trancar pode ser uma boa estratégia

Há casos em que trancar a faculdade é uma decisão estratégica e planejada. Por exemplo, se você está prestes a se inscrever em um concurso com grande volume de conteúdo, como o Banco do Brasil, a Caixa ou o BNDES, e precisa de algumas semanas para revisão intensiva, pode valer a pena a pausa temporária.

No entanto, é essencial ter disciplina e propósito. De nada adianta trancar se o tempo livre não for usado com foco e constância. Transforme cada hora de estudo em um investimento. A Capriata Cursos sempre reforça: a consistência vence o talento quando o talento não é constante.

Os riscos e impactos da decisão

Um dos principais riscos de trancar é perder o ritmo acadêmico. Quando o aluno interrompe o curso, pode ser mais difícil retomar a rotina de aulas, provas e trabalhos. Além disso, dependendo da instituição, há custos administrativos e a chance de alterações na grade curricular ao retornar.

Outro ponto importante é o impacto emocional. A pausa pode gerar insegurança, especialmente se os resultados no concurso não vierem rapidamente. É comum sentir ansiedade e pressão por “provar” que a decisão valeu a pena.

Por fim, é preciso lembrar que o mercado de trabalho valoriza profissionais formados, mesmo em áreas não exigidas pelo edital. A formação acadêmica amplia horizontes, melhora o raciocínio lógico e contribui para o sucesso em provas e entrevistas.

Tenha um plano B e controle emocional

Se optar por trancar, faça isso com planejamento e propósito. Crie um cronograma estruturado, defina metas semanais e revise o seu progresso constantemente. Estabeleça um prazo para o retorno à faculdade — e cumpra-o.

O caminho da aprovação exige persistência e inteligência emocional. Haverá dias difíceis, mas é nesses dias que você precisa lembrar por que começou. Como dizemos na Capriata Cursos: “Quem tem propósito não precisa de sorte, precisa de estratégia.”

Continue firme. Trancar pode ser uma pausa, mas jamais um ponto final.