Leilões na B3: entenda como funcionam e quando acontecem

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Foto: Capriata Cursos / Direitos Reservados

Por que a bolsa “congela” ações antes ou durante o pregão?

Se você já acompanhou o pregão da bolsa de valores ao vivo, talvez tenha notado que algumas ações ficam temporariamente indisponíveis para negociação. Esse fenômeno não é um erro ou falha no sistema. Na verdade, trata-se dos chamados leilões da B3, mecanismos que garantem maior estabilidade e segurança nas negociações.

Em resumo, o leilão é um período em que a negociação de um ativo é temporariamente suspensa para que se determine um novo preço de equilíbrio, antes que ele volte a ser negociado normalmente.

Quais são os tipos de leilões na bolsa de valores?

A B3 adota diferentes tipos de leilões, cada um com um propósito específico. A seguir, explicamos os principais:

Leilão de Abertura

Antes da abertura oficial do pregão, todas as ordens de compra e venda são recebidas, mas nenhuma negociação é executada de forma imediata. Durante esse leilão, a bolsa calcula o preço teórico de abertura para cada ativo com base na oferta e demanda. Ao final do período, o sistema executa as ordens de forma simultânea. Esse leilão ocorre 15 minutos antes do início do pregão regular e é conhecido também como pré-market.

Objetivo: garantir uma abertura mais justa, com base em maior volume de ordens.

Leilão de Fechamento

No encerramento do pregão, ocorre o leilão de fechamento, com funcionamento similar ao de abertura. Aqui, o sistema calcula o preço teórico de fechamento com base nas ordens finais do dia. Esse leilão ocorre 5 minutos antes do término do pregão regular.

Importância: esse preço é referência para os fundos, índices e carteiras administradas.

Leilão por Oscilação

Esse tipo de leilão ocorre durante o pregão, quando o próprio sistema da B3 identifica variações bruscas em um ativo em um curto espaço de tempo. Por exemplo: se uma ação sobe ou cai mais de 10% em poucos minutos, ela entra em leilão automaticamente.

Finalidade: evitar distorções causadas por movimentos especulativos ou informações inesperadas.

Leilão por Fato Relevante

Se uma empresa divulga um fato relevante durante o pregão — como mudança na diretoria, fusões, aquisições ou decisões judiciais — a B3 pode suspender a negociação daquele ativo e iniciar um leilão especial.

Motivo: permitir que o mercado tenha tempo para assimilar as novas informações e formar um preço mais justo.

Leilão Extraordinário

A empresa, a corretora ou até a própria B3 podem solicitar esse leilão manualmente em situações excepcionais. Esse mecanismo atua como um “freio de emergência” para garantir a transparência e manter a ordem do pregão.

E o que o investidor deve fazer durante os leilões?

Durante os leilões, os investidores podem registrar, cancelar ou modificar ordens, mas só conseguem executar transações após o término do período. A dica é acompanhar o preço teórico exibido na plataforma — ele mostra qual seria o valor de negociação se o leilão terminasse naquele momento.

Além disso, é fundamental entender que o leilão não representa instabilidade. Pelo contrário: ele protege os investidores e contribui para a formação de preços mais coerentes com o mercado.

Esse conteúdo cai nas certificações e concursos?

Sim! Questões sobre os leilões na B3 aparecem com frequência nas provas da ANCORD, CFG, CGE e CGA. Por isso, aqui na Capriata Cursos, esse é um dos temas abordados com profundidade nas aulas e simulados.

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