Diferença entre renda fixa e renda variável
Se você está começando a investir, provavelmente já se deparou com essa dúvida: afinal, é melhor investir em renda fixa ou em renda variável? A resposta não é tão simples quanto parece, porque depende de fatores como seu perfil de risco, objetivos e prazo de investimento. Mas entender o funcionamento de cada tipo é o primeiro passo para fazer boas escolhas e entender a diferença entre ambos.
O que é renda fixa?
Renda fixa é um tipo de investimento que oferece previsibilidade de retorno. Ou seja, você já sabe, no momento da aplicação, qual será a rentabilidade ou ao menos a fórmula usada para calculá-la. Há títulos pré-fixados, que pagam uma rentabilidade absoluta e títulos pós-fixados que pagam uma rentabilidade relativa (atrelado a um índice de referência ou benchmark).
Exemplos de investimentos em renda fixa:
1. Tesouro Direto
Programa do Tesouro Nacional que permite ao investidor comprar títulos públicos com a segurança do governo federal como emissor.
- Tesouro Selic: ideal para reserva de emergência, pois rende de acordo com a taxa Selic e tem liquidez diária.
- Tesouro IPCA+: indicado para quem quer proteger o poder de compra no longo prazo, já que rende uma taxa fixa + a inflação do período.
- Tesouro Prefixado: o investidor já sabe exatamente quanto receberá no vencimento. É um título com deságio sobre o valor nominal.
2. CDB (Certificado de Depósito Bancário)
Títulos emitidos por bancos para captar recursos.
- Exemplo: um CDB que paga 110% do CDI rende mais do que a poupança e pode ter liquidez diária ou prazo determinado.
- Em geral, quanto maior o prazo e o risco do banco, maior a taxa oferecida.
3. LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio)
Títulos emitidos por bancos com lastro em operações imobiliárias (LCI) ou do agronegócio (LCA).
- Exemplo: uma LCI que rende 95% do CDI, com vencimento em 12 meses, e isenção de IR para pessoa física, o que aumenta a rentabilidade líquida.
- São ótimas opções para quem busca rendimento isento de imposto de renda.
4. Debêntures
Títulos de crédito emitidos por empresas privadas para financiar suas atividades (instituições financeiras não podem emitir):
- Exemplo: uma debênture da empresa Energias do Brasil que paga IPCA + 6% ao ano.
- Algumas debêntures são incentivadas e também têm isenção de IR.
Esses investimentos, a depender da nota de crédito do emissor, são indicados para quem tem perfil mais conservador ou precisa de previsibilidade nos ganhos. Debêntures não contam com garantia do FGC.
O que é renda variável?
Na renda variável, o rendimento não é previsível. Ele depende do desempenho do ativo no mercado e pode variar com frequência. O risco é maior, mas o potencial de retorno também.
Exemplos de ativos de renda variável:
1. Ações
Ao comprar ações, você se torna sócio de uma empresa.
- Exemplo: ao investir em PETR4 (Petrobras), você pode ganhar com a valorização das ações e com os dividendos distribuídos aos acionistas.
- As ações são negociadas na bolsa de valores e sofrem influência de diversos fatores como resultados financeiros, cenário político e economia global.
2. Fundos Imobiliários (FIIs)
Permitem investir em imóveis sem precisar comprá-los diretamente.
- Exemplo: o FII HGLG11 investe em galpões logísticos e distribui aluguéis mensalmente aos cotistas.
- Os FIIs são atrativos para quem busca renda passiva e diversificação.
3. ETFs (Fundos de Índice)
Fundos que replicam o desempenho de um índice de mercado.
- Exemplo: o ETF BOVA11 acompanha o Ibovespa. Assim, ao investir nele, você se expõe às principais ações da bolsa brasileira de forma diversificada e com baixo custo.
4. Criptomoedas
Ativos digitais descentralizados, como o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH).
- Exemplo: em um ano, o Bitcoin pode subir 100%… ou cair 50%. Por isso, são indicadas apenas para quem tem perfil arrojado e tolerância à volatilidade.
Então, qual tipo de investimento é melhor?
A resposta depende dos seus objetivos e do seu perfil de investidor.
- Se você valoriza segurança, liquidez e previsibilidade, a renda fixa é uma boa escolha.
- Se busca crescimento no longo prazo e está disposto a enfrentar oscilações, a renda variável pode fazer sentido.
A melhor estratégia, porém, costuma ser o equilíbrio. Diversificar entre renda fixa e variável ajuda a reduzir riscos e aumentar o potencial de retorno da carteira.
Dica da Capriata Cursos: entender as características desses investimentos é essencial para quem quer investir melhor — e também para quem está se preparando para certificações como CPA-10, CPA-20 ou CEA. Nossos cursos explicam tudo de forma prática, com foco no que realmente cai nas provas e no que o mercado exige.
Aviso de conteúdo
É proibida a reprodução, total ou parcial, do conteúdo desta página em qualquer meio, seja eletrônico, digital ou impresso, sem a devida autorização por escrito dos responsáveis.
Comentários