Analistas Value e Growth: Diferenças, Estratégias e Exemplos Práticos

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Foto: Capriata Cursos / Direitos Reservados

No mercado de ações, dois estilos de análise se destacam: o Value Investing e o Growth Investing. Cada abordagem tem critérios, objetivos e prazos diferentes, mas ambas podem gerar bons resultados quando aplicadas de forma consistente. Entender essas estratégias ajuda o investidor a identificar oportunidades de acordo com seu perfil e suas metas.

O que faz um analista Value

O analista Value busca ações de empresas negociadas abaixo do seu valor intrínseco. A ideia é encontrar negócios sólidos, lucrativos e com boa geração de caixa, mas que estejam momentaneamente subvalorizados pelo mercado.

Esse profissional costuma analisar indicadores como P/L (Preço/Lucro), P/VPA (Preço/Valor Patrimonial), margens de lucro, retorno sobre patrimônio (ROE) e fluxo de caixa livre. A análise fundamentalista é a base do trabalho, e o horizonte de investimento é geralmente de longo prazo.

Costumamos dizer que o analista Value foca no numerador do índice P/L, ou seja, no preço do ativo. É comum ainda esse tipo de analista buscar empregadas subvalorizadas e boa pagadora de dividendos.

Exemplo prático:
Imagine que uma empresa de energia está com P/L abaixo da média do setor, mas mantém lucros consistentes e boa distribuição de dividendos. O analista Value pode recomendar a compra dessa ação, acreditando que, com o tempo, o mercado reconhecerá seu verdadeiro valor e o preço subirá.

O que faz um analista Growth

O analista Growth prioriza empresas com alto potencial de crescimento, mesmo que as ações estejam negociadas a múltiplos mais elevados. O foco é identificar companhias que podem expandir receita e lucros de forma acelerada, seja por inovação, ganho de mercado ou expansão geográfica.

Nesse caso, métricas como crescimento anual composto da receita (CAGR), margem EBITDA, potencial de mercado e inovação tecnológica são mais relevantes do que múltiplos tradicionais. Mas ainda sim, o analista Growth pode usar também o P/L porém dessa vez focando no denominador, ou seja, no lucro.

Exemplo prático:
Uma startup de tecnologia apresenta crescimento de receita de 30% ao ano e um produto inovador que está ganhando mercado rapidamente. Mesmo com um P/L elevado, o analista Growth pode recomendar a compra, apostando que o crescimento futuro compensará o preço atual.

Conclusão

Enquanto o Value procura “ações baratas de empresas boas”, o Growth busca “ações boas que podem ficar ainda melhores”. Ambos os estilos exigem análise criteriosa e disciplina para seguir a estratégia escolhida.

A Capriata Cursos oferece cursos que abordam essas e outras metodologias de análise, ajudando você a interpretar indicadores e identificar oportunidades de investimento com mais segurança. Esse é um assunto que cai com frequência em certificações como a CFG.

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